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Pichilemu, finalmente na praia

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Pichilemu, finalmente chegamos na praia!

Mal posso acreditar que após 15 mil quilômetros, 57 dias na estrada e um dia cansativo em duas das mais charmosas vinícolas do Vale do Colchagua, chegamos a Pichilemu. Frente a frente novamente com o maior oceano do mundo, o Oceano Pacífico.

Esse foi o nosso primeiro contato com o Oceano Pacifico na viagem. Pichilemu, Chile

Ele que me presenteou com tantas ondas durantes os dois inesquecíveis anos que vivi na Austrália. Foi sempre generoso nas três vezes que estive na América Central. E que me apresentou um mundo cheio de vida na Ilha de Galápagos.

Pacata e monótona cidade de Pichilemu

O cenário agora é a pacata e monótona cidade de Pichilemu. Localizada duas horas ao sul de Santiago, capital do Chile. Também conhecida como a capital do surf no país e ficou famosa por abrigar ondas de calibre internacional. Além disso, grandes nomes do surf chileno estão baseados ali nas redondezas.

Surfistas como Ramon Navarro ou Diego Medina assinam o nome da cidade como suas raízes e ajudam a estampar suas grandes ondas por todo o mundo.

A cidade como um todo é bem pequena, e tudo parece girar em torno do surf. Por ser inverno, ela estava mais parada que o normal, rs!

O sábado de nossa chegada havia sido longo e prazeroso. Com a boa aceitação do nosso projeto de culinária na viagem, o Viagem e Comida , diversas portas se abriram. E lá fomos nós conhecer algumas das mais charmosas vinícolas da região central do Chile. Eu que conheço pouco de comida, estou tendo uma ótima oportunidade ver a Rachel entrevistar diversos chefs. Aproveito para degustar muitas comidas, bebidas e ainda tenho bons cenários para fotografar.

O importante é estar sempre aprendendo!

Cena interessante nas falésias de Pichelemu.

Pôr do sol no mar, sempre um espetáculo a parte!

Nossa chegada em Pichilemu

Chegamos com o dia já escuro em Pichilemu. Se tem uma coisa que já aprendemos nesse tempo de viagem é: chegar a noite diminui em 50% as chances de você encontrar um lugar bom com preço justo para passar a noite. Depois de diversas tentativas, acabamos ficando em um residencial meia-boca. Em um quartinho nos fundos, piso baixo, banheiro separado.

Para tomar banho quente tínhamos que tirar o botijão de gás da cozinha e ligar ele no aquecedor de água… O lado bom era que tinha internet, podíamos usar a cozinha, era próximo do mercado e custava só 20 dólares por noite. O que é um ótimo preço para os padrões chilenos.

Nossa ideia era passar alguns dias em Pichilemu. Tentar aproveitar a praia, fazer algumas fotos de surf e preparar nossa ida para Santiago. Com as visitas que fizemos nas vinícolas, surgiram alguns convites para encontrar algumas pessoas bacanas na capital e agora estávamos acertando as agendas para aproveitar esses encontros.

Natureza em sua essência em Pichilemu, Chile

Os personagens da região de Pichilemu

Dias antes de chegar na cidade fiz contato pelo facebook com algumas comunidades de surf da região. Achei o contato do Elvis, um surfista local que tem uma escola de surf na praia principal. Ele foi um dos primeiros surfistas da região nos anos 70.

A menos de dez minutos ao sul da cidade fica a onda mais famosa do Chile, Punta de Lobos, todos os dias eu acordava cedo e ia lá checar as condições de surf e tentar gerar algum conteúdo bacana para nossos parceiros no Brasil. Por sorte, o domingo amanheceu ensolarado e cheio de surfistas na água, o que nos proporcionou boas fotos e um dia delicioso na praia, sentado sobre os penhascos que cercam a onda em meio a cactos e árvores secas.

Muitas pessoas vem de Santiago passar o fim de semana e as ruas estavam cheias, mas longe do abarrotado que iriamos encontrar a frente, em outras cidades.

As maiores ondas dos últimos anos

Tudo mudou quando descobrimos que em dois/três dias, as maiores ondas dos últimos anos, talvez década estaria chegando a costa do Chile, a expectativa era de ondas com mais de oito metros e deixou toda a comunidade do surf alertada. Procuramos Elvis que nos falou que as ondas estariam melhor no norte, por conta da direção do vento e que poderíamos acompanha-lo nesse dia épico.

Quarta-feira chegou e junto o tempo fechou, amanheceu com chuva e nevoa e as ondas em Punta de Lobos estavam gigantes, porem ao mesmo tempo tortas e revoltas, cenário ideal para qualquer filme de naufrágio, nada que lembrasse um dia clássico de surf.

Mar gigante, mexido com chuva e vento! Acho melhor ir embora daqui…

Sem dúvidas foram as maiores ondas que eu já vi na minha frente!

Dois dias depois soube pela internet que um time de brasileiros, liderado pelo surfista de onda grandes Carlos Burle tinham surfado uma das maiores ondas de todos os tempos a menos de quatro horas ao norte de Pichilemu.

Fiquei extremamente chateado com isso, estava focado em fazer contato somente com os surfistas chilenos e perdi a chance de cobrir os melhores surfistas de onda grande do Brasil em ondas sem precedentes na América do Sul.

Fica o aprendizado para a próxima vez!

Seguimos viagem para a região de Santiago

Nessa mesma quarta-feira, depois de ver que ninguém enfrentaria aquelas ondas em Pichilemu, seguimos para Valparaíso. Como já conhecíamos a região a ideia era ficar somente um ou dois dias por ali, ver se ainda rolava algo de surf e aguardar nossa agenda para Santiago, mas dessa vez algo mudaria nossos planos: fomos roubados…

Não deixe de ler nosso próximo post!

Curiosidades:

  • Apesar de ser conhecida como capital do surf também é possível praticar outros esportes como windsurf.
  • Fica a apenas 80km de Santa Cruz, região das vinícolas.
  • Em Santa Cruz não deixe de visitar o Museo Colchagua.

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