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Visita rápida a Bariloche e região de carro

Visita rápida a Bariloche e região de carro

Mais uma vez voltávamos para Argentina… Já tínhamos ido e voltado três vezes para o Chile desde Ushuaia e nosso passaporte estava todo carimbado. Já tínhamos decorado o processo na fronteira de trás pra frente…

Nosso destino agora era a cidade de Esquel, 70km do passo fronteiriço Futaleufú. No caminho passamos em Trevelín e paramos em uma padaria, esticamos as pernas. Compramos algumas chipas (parecido com nosso pão de queijo), pães e umas balinhas para adoçar nossa estrada!

O inverno traz a neve e também a ausência de pessoas nos parques 

Parada em Esquel e a busca por um lugar para dormir

Esquel é uma cidade relativamente grande. Principalmente depois dos três dias que passamos na Carreteira Austral no Chile sem ver muitas pessoas. Já estávamos meio desacostumados com as ruas, pessoas, carros…  Não tínhamos planejado muito o que fazer por lá. Mas precisávamos dormir e no dia seguinte tocar para Bariloche. Esquel tem todos os serviços que você pode precisar.

Paramos no centro de informações ao turista e em dez minutos tínhamos uma lista com muitas opções de hostel.

Na manhã seguinte tocamos para Bariloche. Saindo da Ruta 40 e indo pela Ruta 71 que passa por dentro do parque nacional de Los Alerces. O tempo estava agora do nosso lado e depois de muitos dias eu andei só de camiseta e calça. Dava até para sentir o sol esquentando a pele! Nada como estar dois mil quilômetros ao norte de Ushuaia. Fizemos o trajeto sem muita pressa.

Tiramos o dia para isso e parávamos sempre que tinha um visual bacana. Até fizemos uma das trilhas para ver o lago verde, lindo! Chegamos em Bariloche já no final do dia e o céu estava todo rosado. Percebemos que teríamos sorte nos próximos dias.

Como achamos um lugar para dormir?

Um curiosidade legal do dia-a-dia da viagem é que sempre que chegamos a uma cidade temos que procurar onde ficar. Com a maioria dos camping fechados, buscamos sempre um hostel barato para passar a noite. Nisso temos que ir procurando na rua, pois o GPS nem sempre ajuda nessa busca.

Tem dias que a Chel chega a descer umas dez vezes do carro, toca a campainha e pergunta se tem quarto para dois, preço, etc.

Aí explicamos que vivemos no carro, que temos pouco dinheiro para gastar. Alguns nos indicam uma opção mais barata e assim vamos até chegar na opção mais em conta.

Um dos milhares de belos visuais no Parque Nacional Los Alerces.

As hospedagens na região de Bariloche

Na Argentina, mesmo os lugares mais baratos nas menores cidades, sempre tinha banheiro e aquecedor. Algo que ajuda muito para dormir. Já no Chile a maioria das hospedagens é uma casa. A proprietária aluga alguns quartos dentro da própria propriedade e só há aquecedor na sala, o que não ajuda muito nos quartos… Depois de uma hora encontramos um hostel que estava em reforma e parcialmente aberto.

Portanto menos hospedes e mais chance de negociar. Ficamos no quarto do empregados. Mas tinha aquecedor e até uma cozinha dentro, excelente!

Na noite saímos para passear no centrinho e achamos a cidade bem parecida com Campos do Jordão. Lojinhas de chocolate artesanal, muitos cafés e restaurantes. Tudo centralizado em duas avenidas. Nesse mesmo dia começava o festival de inverno e algumas atrações se apresentavam na praça central. Curtimos o frio, jantamos por ali e capotamos!

Frio, neve e preguiça

Apesar da nossa expectativa sobre o tempo, no dia seguinte amanheceu chovendo. Aproveitamos para trabalhar, escrevemos, editarmos fotos, fazemos filmes, matar a saudades dos amigos e familiares…

Acabamos por ficar de baixo das cobertas até o tempo melhorar. Lá para 19 h o céu abriu e as ruas da cidade se encheram de turistas, incluindo nós!

No dia seguinte aproveitamos para fazer o Circuito Chico que percorre 35km passando por várias paisagens incríveis. Apesar das montanhas já estarem abertas para esqui, ainda não tinha nevado o suficiente. Mas o movimento próximo dos centros eram intensos. Isso foi algo que temos discutido muito também, assim como na Carretera Austral, o que fazer quando o tempo não ajuda?!

Quando o tempo não ajuda e não podemos esperar

Ficar mais alguns dias esperando o tempo melhorar custa dinheiro e pode atrasar a viagem em relação a algumas datas, óbvio que dependendo do lugar vamos esperar. Em Bariloche, ficamos mais um dia na espera do tempo abrir, mas como a previsão ainda era de tempo nublado resolvemos partir. O próximo destino era San Martin de los Andes e de lá tocar definitivamente para o Chile.

Aliás existe como cruzar para o Chile de Bariloche, mas nos disseram que essa cidade era um charme, resolvemos arriscar!

Para ir é possível fazer dois caminhos, pela Ruta 40 toda pavimentado e outro pela região dos Siete Lagos, que é muito mais bonita e foi nossa opção. Passamos pela cidade de La Angostura e pensamos sobre a possibilidade de ficar por ali uma noite. A cidade parece uma Bariloche trinta vezes menor, charmosa, convidativa e bem estruturada.

Porém seguimos viagem e quando chegamos em San Martin de los Andes sentimos a mesma sensação de La Angostura. Cidade bem pequena, centrinho, casas de madeira, tudo muito charmoso.

Uma imagem diz mil palavras: pelas estradas da Patagonia.

Segurança em Bariloche e região?

Nós sentimos tão seguros que pela primeira vez dormimos na praça da cidade, tomamos um ótimo chocolate quente no centro e nos mandamos para a barraca numa parte mais escurinha. Só esquecemos que era sábado e muitos casais paravam ali para namorar, conversar, fumar e isso fez com que fosse uma noite meio movimentada para nós!

Mas foi tudo bem, valeu a experiência e o aprendizado.Essa seria nossa última cidade do lado argentino e agora iríamos de vez para o Chile! Ficamos triste por um lado pois adoramos tudo que conhecemos nesse país. As paisagens, cidades, pessoas, comida, mas faz parte da viagem, agora vamos começar tudo de novo no Chile!!

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