Como renovamos o nosso visto de turista na Europa
Como renovamos o nosso visto de turista na Europa é uma pergunta que ouvimos de várias pessoas, em 2014 tivemos que quebrar a cabeça, mas deu certo.
Nós chegamos na Europa em 2014 já preocupados que queríamos fizer pelo menos seis meses na Europa. Mas ainda não sabíamos ao certo como conseguiríamos fazer isso. Na verdade nós achávamos que seria fácil, uma vez que estávamos fazendo um projeto de viagem, tínhamos claras intenções de sair da região. Enfim, mas não foi bem o que aconteceu.
A primeira coisa que fizemos foi não deixar para o último momento. Assim que entramos na Europa nós já começamos a pesquisar quais eram os caminhos e pelo que descobrimos só tinha um único caminho: tentar sempre no país que estávamos.
A carinhosa familia de brasileiros que nos ajudou na Alemanha
Tentando achar caminhos na Europa
Como tudo em uma volta ao mundo de carro, você precisa ter paciência. Como chegamos na Europa na Holanda, sondamos a ideia por lá mesmo. Conversamos com alguns amigos e eles nos orientaram a nem perder nosso tempo. Na Alemanha, quando chegamos em Berlin, encontramos um amigo alemão e eles topou ir conosco no departamento de imigração da cidade e nos ajudar de alguma forma. E esse dia foi o que fez a diferença.
Aqui foi fundamental ter um projeto certinho e um amigo determinado
A primeira resposta que ouvimos é que não era possível. Que não existia extensão de visto para turistas e sei lá o que mais. A sorte é que nosso amigo Thomas não aceitou essa resposta, disse que éramos um casal que estávamos lá promovendo o país, e que tinha que ter um jeito. Acabamos sendo enviados para uma especie de coordenador da area e mesmo ele não entendendo como nos ajudaria, acabou nos levando para o supervisor da area.
Nesse meio tempo nós tivemos que apresentar documentos comprovando a viagem, dinheiro em conta, falar do Viajo logo Existo e o porque queríamos a extensão.
Por fim chegamos a uma simpática senhora que, depois de ouvir atentamente nosso caso, nos indicou que existia possiblidade de nos dar 3 meses de visto. O problema é que o visto seria dado naquele momento, e na verdade, nós queríamos o novo visto depois que acabasse os três meses que tínhamos na Europa.
Com isso, saímos de lá sabendo que esse era um caminho possível renovar o visto na Alemanha e com o número de uma lei anotado.
Mas o problema ainda não havia sido resolvido.
A noite que dormimos no posto de gasolina na Alemanha
Curtindo a região próxima de Munique
Tentando achar caminhos na Europa
Bom, saímos da Alemanha e fomos curtir a Europa, não tinha muito o que fazer agora. Dois meses depois nós voltamos para a Itália, e na companhia de brasileiros que viviam há muitos anos por lá, fomos tentar a renovação. Estávamos em Florença e não conseguimos passar nem da porta da prefeitura. O guarda foi enfático, não percam seu tempo. Frustados, seguimos para a Suíça, na casa de uma amiga que também estava disposta a nos ajudar. Seu marido suíço tentou vários caminhos, e a resposta foi a mesma: não.
Sem saber direito o que fazer e preocupados que nossos 90 dias na Europa já estavam chegando ao fim, precisávamos pensar em uma solução. Para piorar nossas irmãs estavam chegando na França em algumas semanas, e tínhamos que dar um jeito. Uma amiga de Milão entrou em cena e fez um contato com uma familia de brasileiros em Munique, no sul da Alemanha.
A familia que fez a diferença
Saímos direto para a casa deles, o que levaria quase oito horas de estrada. Dirigimos por horas e a previsão de chegada na casa deles começou a ficar tarde. Diante disso nós optamos por dormir em um posto de gasolina já na Alemanha, algo que já tínhamos feito varias vezes na Europa.
Chegamos cedo na casa deles e juntos já fomos para o departamento de imigração de Munique. Novamente a disposição das pessoas envolvidas aqui fizeram a diferença. O fato dos nossos amigos brasileiros falarem muito bem alemão ajuda muito. Chegamos lá e novamente ouvimos a mesma coisa “não é possível” e lá fomos nós forçar a barra. Explicamos e explicamos muitas vezes o porque da necessidade do visto e acabamos na sala do supervisor. Um homem simpatico, mas de poucas palavras.
Foi nessa hora que mostramos a tal da lei que tínhamos anotado lá em Berlin, e não é que foi ela que fez a diferença?
O senhor simplesmente abriu um grande livro, algo que nos lembrou aqueles filmes de magos, e começou a folhar as páginas pacientemente. Com uma cara até que animada ele falou “achei a solução” – a Alemanha tinha um acordo bilateral com o Brasil e que era possível emitir um novo visto de 90 dias para nós, mediante o pagamento de 50 euros cada um, mas… precisávamos enviar ainda naquele dia um e-mail em alemão explicando tudo que tínhamos falado para ele.
Chegamos em casa e fomos fazer isso, nós não, nossa amiga, rs. A gente ficou do lado só haha – enviamos ainda antes do anoitecer e na manhã seguinte já tínhamos a resposta que o visto havia sido aprovado. Corremos para a imigração logo cedo na manha seguinte, e em uma hora já estávamos com nossos vistos.
Saímos correndo de Munique, quase sem tempo de agradecer aquele carinho todo e atenção e seguimos para Paris. Foram quase dez horas de estrada para encontrar nossas irmãs. Chegamos lá depois das duas da manha mortos de cansaço, mas com a certeza que teríamos mais três meses pela Europa.
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