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Cara a cara com os gorilas da África
Nosso principal motivo para ir para a R.D. do Congo era ficar cara a cara com os gorilas da montanha, animais ameaçados de extinção.
É apenas nessa região, na fronteira entre Uganda, Ruanda e R.D. do Congo que você pode ficar cara a cara com os gorilas. Nesses três países, acaba sendo o mesmo habitat, separados pela fronteira. Na ultima contagem havia 700 gorilas.
Por isso o enorme esforço dos países para protege-los e através do turismo incentivar a conscientização e também levantar recursos para continuar o trabalho de proteção.
A caminho de Punta Arenas, no meio do nada – Chile.
Hora de nos prepararmos
Acordamos no conforto do hotel Mikuno Lodge, tomamos café da manha com calma, e nos preparamos para ficar cara a cara com os gorilas.
Antes de sairmos do hotel, existe todo um esquema de segurança. Além do motorista vai um guarda florestal armado, e eles checam com outros check points se está seguro seguirmos.
Dirigimos uma hora do Mikeno Lodge até o lugar onde começa o passeio para ver os gorilas. Chegando lá tivemos de esperar um pouco e tivemos breve explicação sobre as famílias de gorilas que estão espalhadas pelo parque.
Os guardas florestais todos os dias vão atrás de todas as famílias para garantir que eles estão bem, se estão com alguma doença ou se alguma coisa não está certa.
Alguns momentos do caminho até o Parque Nacional Torres del Paine, Chile.
Cara a cara com os gorilas da montanha
Bom, depois das explicações lá fomos nós, uma hora de caminhada floresta adentro. É uma caminhada pesada, pois os guardas vão literalmente abrindo caminho floresta adentro. Não existe uma trilha.
Fora isso as formigas são implacáveis, são milhares delas, e os guardas pedem para colocarmos as meias por cima da calça, para proteger nossas pernas.
Éramos 3 turistas, eu, Leo e uma marroquina que estava trabalhando pela ONU ali em Goma. Além de nós turistas dois guardas armados.
Seguimos caminhando, firmes e fortes, até encontrarmos um outro grupo de guardas florestais. Eles nos entregaram as máscaras e nos mostraram o relógio. Os gorilas estavam próximos e teríamos uma hora com eles.
De repente um dos guardas usou seu enorme facão para cortar parte do mato e vimos uma incrível família de gorilas. Uma família de onze no total…
O silverback, que é o macho alfa, “chefe” da família, devia ter mais do que 200 quilos mas estava dormindo preguiçosamente e nem se mexeu diante da nossa presença.
O show ficou por conta dos bebês, dois filhotes de um ano que brincavam, rolavam, iam até suas mães para mamar, demonstravam carinho e eram muito curiosos.
A caminho de Punta Arenas, no meio do nada – Chile.
A caminho de Punta Arenas, no meio do nada – Chile.
A caminho de Punta Arenas, no meio do nada – Chile.
Mais parecidos com a gente do que você imagina
Algo interessante é que os gorilas tem 98% do DNA igual ao nosso. Eles são super sensíveis a qualquer doença que nós temos.
Por isso, além de termos de usar mascaras eles pedem para você ser honesto em relação a qualquer doença que você tenha. Se você estiver com gripe ou qualquer sintoma que não esteja bem, eles devolvem o dinheiro da licença, caso você não faça o passeio.
A relação de carinho entre as mães e filhotes é sensacional… ver as mães amamentando, fazendo carinho na cabeça dos filhotes, é quase surreal como parece um ser humano.
Uma hora passa voando e é uma sensação surreal de fascínio e medo ao mesmo tempo, estar a apenas alguns metros desses animais, no meio de uma floresta.
A caminho de Punta Arenas, no meio do nada – Chile.
Valeu muito a pena!
São pouquíssimos gorilas no mundo e o trabalho de todos que estão aqui precisa ser muito valorizado! Desde o trabalho do príncipe Emmanuel e principalmente dos guardas florestais, que ficam ali, expostos ao perigo, mas, que amam aqueles animais e dariam suas vidas para protege-los.
Nossa sensação é de que uma hora passou voando, mas, que valeu cada segundo que ficamos ali.
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