México, aqui vamos nós
A verdade é que quanto mais longe vamos ficando de casa, cada país representa uma conquista em nosso plano de viagem e chegar no México não foi diferente!
Passamos o ano novo de 2013 para 2014 em Belize, no meio do mar do Caribe. Quando estávamos em Tikal, na Guatemala até cogitamos passar o ano novo na região de Cancun. Mas teríamos que dirigir muito rápido e por fim optamos por Belize, que acho que foi a decisão certa! Eu, Leo, não sou muito chegado em festa e Belize parece que foi o equilíbrio certo! Ano novo pra mim é reflexão e não festejação!
Momento historico, chegamos ao México dirigindo desde São Paulo!
A fronteira do México de longe foi a mais organizada de todas até o momento
Tudo bem sinalizado com placas, lugar para parar, funcionários atenciosos. Uma lição para todos os seus vizinhos ao sul e quando digo ao sul, me refiro a todos até a Argentina! Só achei caro, pagamos ao todo 80 dólares entre permissão para o carro e permissão para dirigir. Sem falar de um deposito de 300 dólares reembolsáveis na saída do país.
Uma vez no país dos Tacos e Tortilhas ficamos impressionados com o bom estado das estradas que levava até Cancun. Tudo relativamente novo e muito bem sinalizados! Vi mais placas nesse trecho de 200km do que nos 5mil quilômetros que dirigi pelo Peru todo e não estou brincando! Nosso destino inicial era a cidade de Tulum, um dos principais pontos turísticos da região de Yucantan, 250km ao sul de Cancun.
O que não esperávamos era a chuva torrencial que parecia estar nos esperando após a fronteira, não víamos tanta agua desde a Costa Rica.Para-brisa no máximo e muita precaução. Chegamos em Tulum já escuro e isso sempre dificulta achar local para ficar, principalmente camping que geralmente são mais “escondidos”. Tentamos algumas hospedagens mas a maioria ainda estava lotada do pós ano novo e com o preço de alta temporada.
Tranquilamente ficamos mais de uma hora rodando pra baixo e pra cima da pequena cidade até achar uma hospedagem por 25 dólares. Preço dentro dos nossos padrões principalmente depois de uma hora rodando, quanto mais demoramos para achar um lugar, menos sensível somos ao preço. Depois de um tempo, cansado de dirigir, com fome, sono, eu aceito qualquer um!
Não é bem o clima ideal para Cancun!
Chegamos em Tulum com o pior tempo possível
Chuva e vento constantes. Justamente aquilo que você não espera ter quando está em um paraíso tropical como esse. Toda aquela agua azul turquesa, areia clarinha, céu de brigadeiro acaba se confundindo em um cinza sem graça. E o pior era que a previsão do tempo não trazia noticias animadoras! A chuva até poderia dar um trégua mas a nebulosidade veio para ficar! Segundo ouvimos aquilo era ressaca do tempo ruim nos EUA, afinal naqueles dias estava rolando uma das piores nevascas dos últimos anos na terra do Tio Sam… Verdade ou não, o fato era que isso não estava ajudando!
Quando se vive no carro como nós, o pior cenário é esse de chuva e vento, afinal não temos muito onde nos refugiar. Não rola ficar o dia todo dentro da barraca, a não ser que você não tenha coluna. Fora da barraca é complicado, tudo molhado, ventando, ai as roupas depois não secam, fica tudo fedido, em suma, não dá para viver assim!
Aproveitamos para ir ao mercado, tínhamos acabado de chegar ao México e é sempre legal ver o que muda de um país para o outro. Claro que nos dias de hoje muitos produtos estão em todos os países, biscoito Oreo, Club Social, salgadinhos Doritos e Ruffles, sabonete Dove, isso você acha em qualquer lugar. Mas o que mais nos chamou a atenção foi uma prateleira só de pimentas, tem de todos os tipos, cores e potencia! Não é a toa que o país tem um estado que se chama Tabasco, isso explica tudo!
Chel feliz em nossa casa na estrada!
As ruínas de Coba
Já que estávamos com tempo e tínhamos que seguir em frente resolvemos dirigir 60km até as ruinas de Coba, o que acabou sendo uma boa escolha. Já que na região pelo menos não estava chovendo. Coba é um vilarejo minúsculo e tem uma ruina Maia muito interessante. Não somente grande, mas também com diversas Estelas (uma espécie de estatua dos Maias em uma exemplificação mais mundana e sem compromisso).
A floresta ainda está bem preservada, então parece que você está passeando em um parque e de repente se depara com uma pirâmide de 1000 anos atrás. Muitos visitantes optam por alugar uma bicicleta e cobrir os 3km pedalando. Para os mais preguiçosos ou impossibilitados existem uns caras que por 1 dólar/pessoa te levam em uma bicicleta com garupa até as partes mais distantes do parque.
Vale a pena se você se interessa por historia e esta na região.
Mesmo com o clima fechado, fomos lá aprender mais algumas coisas
Ruínas em Tulum
No dia seguinte o dia cedinho começamos a sentir a barraca fritando a gente dentro, algo que só acontece quando o sol bate direto nela. Sim, o tempo estava abrindo, mas as nuvens já estavam a caminho! Pulamos da cama, ou melhor, da barraca, pegamos tudo que precisávamos e corremos, literalmente, para a ruina Maia de Tulum que ficava a 1km do camping onde dormimos.
As ruinas de Tulum é a única ruina Maia na costa e foi a primeira que os espanhóis avistaram do mar por volta do ano 1500. A foto da construção principal com o mar azul turquesa ao fundo talvez seja a foto mais famosa da região e claro que queríamos ter o prazer de degustar essa visão também! O relógio acabará de marcar oito horas e por ser domingo a fila já era grande na bilheteria, porém rápida…
A ruina é bom bonita, bem gramada, limpa e organizada, não foi a minha preferida entre tantas que vi no país depois. Mas é um passeio que vale a pena! Saímos de lá por volta das onze da manhã e a fila estava quilométrica…
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