Boa parte da nossa viagem passamos dirigindo. Dessa vez quase chegando em Cartagena!
Quarto pequeno e burocracias do porto da Colômbia
Já estávamos em contato com alguns agentes em Cartagena e sabíamos de um container saindo na sexta-feira, então teríamos quase uma semana para tentar colocar o carro nele. Apesar de termos dirigido o dia todo conseguimos chegar somente a Caucásia. Ficamos no melhor hotel da cidade, por ser uma cidade pequena, o preço era razoável e tinha garagem para o Coyote.
Na hora do banho além de ser somente uma bica, a água estava gelada.
Eu fui até a recepção checar o que tinha acontecido e vem a resposta, não tem água quente nesse hotel e nenhum outro da cidade. Mesmo tendo passado tanto frio na Patagônia, tomar banho gelado é outra história.
Talvez vocês estejam pensando, mas para quem ia dar a volta ao mundo uma hora isso ia acontecer, e eu também sabia disso. Mas até agora mesmo ficando nas piores espeluncas da vida e em campings totalmente abandonados sempre tinha água quente.
Enquanto o Leo tomava banho, eu contava o que o cara da recepção me disse e tentava pensar em uma solução. O Leo do nada me puxou para baixo do chuveiro frio com roupa e tudo.
Foi um ato de coragem, pois eu poderia ter ficado muito brava mas acabou rendendo boas risadas e me ajudou a encarar o banho frio!
O menor quarto da viagem toda! Quente, sem janelas e fedido, rs…
O exercito sempre presente nas estradas da Colômbia.
Chegamos em Cartagena a 40 graus de temperatura!
No dia seguinte dirigimos o dia inteiro e finalmente chegamos em Cartagena, fomos buscar um hostel e por ser uma cidade turística tudo é caro e por ser uma cidade antiga as construções não tem estacionamento. Por isso acabamos ficando fora da cidade murada na Calle Media Luna.
Depois de bater na porta de alguns lugares encontramos um lugar com um preço razoável e até agora o menor quarto da viagem. O que mais impressiona nessa cidade é o calor, e não preciso nem dizer que novamente era água fria no chuveiro. Como pegamos o quarto mais barato tinha apenas um ventilador e o Leo sofreu.
O Leo tomava um banho antes de dormir, outro as duas da manhã, outro as cinco e quando acordava, entre sete e oito… Era o único jeito dele conseguir dormir. Ainda bem que eu durmo como uma pedra então não sofro, só quando acordava que já estava derretendo!
Resolvendo o transporte do carro para irmos pro Panamá
Como já era quarta-feira, focamos em tentar buscar informações do carro. Mais uma vez graças as pessoas que seguem o VLE, tínhamos recebido o contato da Tea, uma agente do Panamá. Conseguimos falar com ela e ela nos passou o contato do Miguel, um mexicano que estava enviando o carro por esses dias também. Em menos de quinze minutos falamos com Miguel pelo facebook e já estávamos no seu apartamento discutindo a burocracia.
Ter o Miguel que fala espanhol fluente também ajudou muito, já que é extremamente burocrático e em vez de contratar um agente fizemos tudo sozinhos. Quinta-feira também passamos o dia no porto e conseguimos colocar o Coyote no container.
Compramos as passagens de avião para terça-feira cedo então teríamos o fim de semana para enfim conhecer e aproveitar a cidade.
Enfim dando uma volta por Cartagena!
Desde o começo da viagem eu enchi o saco que queria ir para Cartagena, pois ouvia as histórias dos piratas e as construções sempre me encantaram. Fora isso a cidade tem ótimos restaurantes. Os três dias que ficamos por ali, fomos todos os dias para a cidade murada, caminhando e aproveitando o final de tarde. Encontramos um sorvete delicioso na La Paletteria e era parada obrigatória! Aproveitamos um dia na praia também, que não é nada demais.
Como todo lugar turístico, tem o lado ruim de tudo cheio, lojas com preço para turistas, vendedores nas ruas tentando te vender de tudo, que me cansa um pouco… Leo por outro lado achou tudo encantador e como ele mesmo disse, é um desorganizado organizado… Com certeza um lugar que vale conhecer e que precisamos voltar!!!
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