Como prevenir a malária durante uma viagem
Alguns destinos exigem mais do viajante do que apenas o passaporte. Vacinas e certificados de vacinação também podem ser cobrados no ato do check-in.
Uma das medidas de precaução exigida do viajante é contra a malária. Principalmente na África, estar precavido contra a malária é item básico para quem pretende conhecer as belezas do continente.
Segundo dados do Médicos sem Fronteiras, estima-se que em 2015 um total de 214 milhões de casos novos de malária foram registrados no mundo. Com a estimativa de que 490 mil pessoas tenham morrido em decorrência da doença.
O mapa do risco da Malária pelo mundo
Entenda o que é a malária e como se prevenir
A malária é uma doença que pode ser evitada, detectada e tratada. É mais comum em áreas pobres e desfavorecidas, atingindo mais de cem países ao redor do mundo. As regiões mais com mais casos registrados são a África subsaariana, áreas tropicais e subtropicais, Sudeste Asiático e América do Sul.
Causada pelo Plasmodium, transmitido pela picada de mosquitos infectados, a gravidade da malária varia de acordo com a espécie do parasita. Os sintomas são calafrios, febre e sudorese, ocorrendo geralmente algumas semanas depois da picada.
Esses mosquitos geralmente picam entre o anoitecer e o amanhecer. Dentre eles, existem quatro espécies principais do parasita da malária: Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae, Plasmodium vivax e Plasmodium ovale. O primeiro deles é o que mais causa a malária grave e, consequentemente, mais mortes.
Existem algumas zonas de perigo onde os surtos de malária podem estar em maior ou menor intensidade, por isso, sempre verifique o país que você pretende visitar antes do embarque.
Diagnóstico da doença
O mais difícil é diagnosticar a malária sem o teste específico, já que os sintomas se assemelham ao de uma gripe. Se o tratamento não for iniciado imediatamente, os riscos a saúde aumentam, podendo até mesmo ser fatal.
Através do teste da tira reagente ou por meio da observação do parasita em microscópio em uma amostra de sangue, é fácil perceber se o paciente está ou não com malária. Entretanto, testes rápidos nem sempre estão disponíveis, microscópios não são sempre efetivos e, como resultado, os diagnósticos baseados em sintomas ainda são comuns em grande parte do mundo.
Isso significa que os pacientes são frequentemente diagnosticados de forma errônea e as verdadeiras causas de seus sintomas permanecem sem tratamento.
Por isso, ao perceber qualquer um dos sintomas durante a viagem, ou mesmo alguns meses após o retorno, busque atendimento médico o mais rápido possível para realização de exames.
Durante muitos meses tivemos que sempre nos proteger dos mosquitos
O tratamento para a malária
O método mais eficiente para curar a malária é uma medicação à base de artemisinina. Esse tipo de tratamento tem baixo nível de toxicidade, poucos efeitos colaterais e age rapidamente contra o parasita.
Como é a prevenção da malária
Não existe uma vacina contra a malária. Os únicos métodos para evitar a doença são a utilização de medicamentos antimaláricos e proteção adequada contra picadas de mosquitos, como uso de repelentes e uso de roupas adequadas.
Algumas dicas para se prevenir dos mosquitos
Além do uso de antimaláricos, existem outras precauções que os viajantes podem ter para evitar picadas de mosquitos:
– Usar repelente;
– Usar blusas com mangas, calças compridas e meias grossas, principalmente em viagens para a floresta;
– Pulverizar permetrina sobre a roupa, que um pesticida;
– Dormir sob um mosquiteiro, também pulverizado com permetrina;
– Escolher acomodações seguras, com ar condicionado ou redes nas janelas e portas de entrada.
– Evitar viagens na época de chuva, que é quando a procriação de mosquitos aumenta
A caminho de Punta Arenas, no meio do nada – Chile.
Depoimento de quem já pegou malária durante uma viagem
Danielle Husman, que participa do blog ‘Tire a bunda do sofá’ foi fazer um intercâmbio voluntário em Moçambique e logo nas primeiras semanas contraiu malária. Para identificar a doença, foi preciso realizar um exame de sangue. “Os responsáveis pelo meu intercâmbio me levaram ao melhor hospital da região, que era uma mistura de público e privado. Lá tive que fazer exame de sangue e me desesperei para que o enfermeiro usasse uma agulha nova ao invés de uma usada. O resultado foi malária”, conta.
Para se tratar da doença, Danielle precisou comprar medicamentos e repousar. O custo ficou em torno de R$70. “Para nós, brasileiros, pode nem parecer tanto, mas para eles é muito dinheiro. A renda média por mês em Moçambique é de R$350, então é bastante difícil se cuidar depois que ficam doentes”, afirma Danielle.
Ela também diz que o mais comum, nessas áreas afetadas por malária, é a profilaxia. Ou seja, a prevenção da doença através do uso de redes mosqueteiras e roupas que cubram boa parte do corpo. É importante ressaltar que assim que identificada através de exames, é preciso se tratar com uso de medicamentos, uma vez que a gravidade da malária varia de acordo com a espécie de Plasmodium.
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