Conhecendo Chefchouen e Fes no Marrocos | África.03

Conhecendo Chefchouen e Fes no Marrocos

Depois de passar o dia por Tetouan, nossa primeira cidade visitada no Marrocos, chegamos no final de tarde em Chefchouen, conhecida por ter diversas casas pintadas de azul, dando um toque diferente ao lugar.

Evitando ficar perdido na cidade, seguimos atrás do camping que tínhamos as coordenadas, alias sempre fazemos isso, primeiro vemos onde vamos ficar e depois saímos para curtir o lugar. Sempre melhor fazer isso enquanto tem luz do dia. Já chegamos em lugares a noite e desistimos por parecem suspeitos ou nao muito seguros, e sabemos que se tivéssemos chegado de dia, teríamos ficado sem problema nenhum. Achamos o camping no topo da montanha e já aproveitamos para tomar banho. Uma vez que muito desses lugares possuem aquecedores solares e no final do dia a agua quente pode ter acabado e ai já viu. Só no outro dia…

Provando a culinária local no Marrocos.

Parece com o Peru, mas é Chefchouen

Limpos e dispostos fomos para o centro da cidade, começamos a achar muitas semelhanças com o Peru por aqui, principalmente as cidades menos turísticas como Tacna, Huaraz ou Juliaca do nossos vizinhos ai. Muita gente nas ruas, cavalos, carroças, ônibus, vans, só faltou os tuk-tuks. Sem saber muito onde ir fomos andando e andando, ai voltamos, vira a esquerda, vira a direita e assim vamos conhecendo já que não tínhamos um mapa e nem sabíamos onde ir.

Por um segundo, cansados. Quase desistimos e voltamos para o camping, mas uma placa apontando para a “cidade velha” nos ajudou a achar um lugar legal para parar o carro. Caminhamos por quase duas horas em meio a ruelas e becos com casas azuis. A cada esquina uma surpresa, uma praça, um nome em árabe.

Para nós tudo é muito diferente e as coisas ganham contexto para fotografar ou prestar atenção. Sentamos sozinhos em um café e tomamos o tradicional chá de menta deles, sem pressa. Tentando entender onde estávamos e toda aquela gente diferente na nossa frente.

Chefchouen.

Chefchouen.

Chefchouen.

Uma noite de frio nos campings do Marrocos

No caminho para o camping, sentindo fome, paramos em uma vendinha de rua e compramos um frango assado para comer junto com o nosso couscous marroquino no camping. O tempo estava meio fechado e a chegada da chuva era só questão de tempo. Ainda nesse dia a noite conhecemos o Patrick e sua esposa. Um casal Belga viajando em um caminhão/trailer gigantesco, já viajaram pelo praticamente o mundo todo com ele e a conversa rendeu. Quando já estávamos deitados em nossa barraca. Ele veio nos oferecer um chocolate quente, disse que traria na barraca se quiséssemos. Não querendo dar trabalho, recusamos e combinamos de tomar café com eles na manhã seguinte!

A Chel ainda falou: “com esse frio, um chocolate quente teria caído bem”. A noite foi de chuva constante. A barraca aguentou firme, na manhã seguinte tomamos café junto com eles. O caminhão é praticamente uma casa ambulante, tem até aquecedor. Tv a cabo, maquina de lavar, animal! Hora de seguir em frente para Fes!

A única coisa que nos incomodou por aqui foi que em menos de 24 horas nos oferecem haxixe ou maconha três vezes. Quando partimos o alarme da água do carro apitou e paramos na estrada. Embaixo de chuva e acreditem, do nada surgiu uma pessoa oferecendo haxixe… Seguimos cautelosamente até Fes mas esse alarme no carro significa que alguma coisa não está certa…

Estávamos contando os minutos para ver os belos cenários holandeses.

Fes, a maior medina do mundo

Fes já foi a capital do país e há uns dez anos começou a ser mais procurada pelos turistas que antes, vinham ao país exclusivamente para visitar Marrakesh e Casablanca.

Tínhamos a recomendação de um camping que tinha um ótimo banho quente e seguimos para lá. Infelizmente a chuva não deu tréguas e optamos por pegar um bungalow que o camping também disponibiliza.

Como chegamos já no final da tarde aproveitamos para ir no mercado (fantástico, vale a pena ir) e planejar o dia seguinte. Em tudo que lemos sobre Fes o que era comum em todos os textos era: contrate um guia. Mesmo assim, achei um mapa na internet, marquei todos os pontos que mencionavam em todos os textos e por algum momento achei que daria para fazermos sozinhos.

Fes, a maior medina do mundo.

Problemas no carro, justo agora!

Na manhã seguinte fomos checar o carro que tinha mostrado algum problema no caminho pra Fes e constatamos que a bomba d’agua estava com problemas. O maior problema por aqui é que pelo menos em Fes não é muito fácil encontrar alguém que fale inglês. Com um pouco de francês misturado com espanhol conseguimos pedir para a recepção conseguir um mecânico e agendamos com ele para o final do dia.

Aproveitamos que a chuva tinha dado uma trégua contrariando a previsão do tempo e achamos melhor aproveitar a cidade. No próprio camping contratamos o guia que custou 250 dirham marroquinos que são aproximadamente 25 euros. Na verdade ele ainda cobra mais 150 dirham para levar e te trazer de volta e o custo total virou 400 mad. Como já somos desconfiados, já ficamos com aquela sensação de já ter sido enganados antes mesmo do passeio começar.

Seguimos com nosso guia até o centro e para nossa sorte além de falar inglês muito bem (algo que também não estávamos muito confiantes) ele se mostrou muito gentil e aos poucos começamos a gostar dele e do passeio. Paramos no Palácio Real e inclusive o atual rei estava na cidade. E para uma presença tão ilustre as ruas estavam completamente lotadas de policiais por todos os lados.

Carro no Marrocos.

Carro no Marrocos.

Carro no Marrocos.

O passeio pela Medina de Fes

De lá seguimos para Medina e realmente, não dá para ir sem guia. Quer dizer, dá para ir, mas o aproveitamento vai ser muito baixo. Até porque você pode até conseguir um mapa. Mas as ruas estão escritas em árabe e são 9.000 pequenas ruas só de pedestres e alguns burros. O principal é que você passa em uma pequena porta e talvez nunca nem entraria porque acharia que não é bem vindo.

Foi assim que entramos em uma loja de artesanato em cobre. Onde é possível ver como as principais portas do palácio real foram feitas. Entramos também em uma loja de couro e da sua sacada é possível ver onde eles tingem o couro. Algo espetacular que é feito desde a época medieval. Também fomos parar em uma loja e ver 5 andares de tapetes e inclusive uma demonstração de como o tapete é feito. Em cada lugar um dos vendedores da loja vai parar para te mostrar como tudo é feito e óbvio tentar vender seu produto. Se você não quiser comprar não se sinta na obrigação. Mas se quiser dar uma gorjeta pela explicação elas são bem vindas.

O passeio de meio dia dura 3,5 horas e achamos que é um bom tempo. Há muita coisa legal para ver mas em algum momento o guia vai mostrar coisas que talvez não sejam muito relevantes.

Vimos uma das portas principais da medina. Chamada de Portão Azul ou em árabe Bab Boujloud e de lá você pode percorrer duas das principais ruas: a Tala’a Kbira e a Tala’a Sghira. Não deixe de passar pela fonte Nejarine e ver a arquitetura do museu que leva o mesmo nome. As mesquitas também são lindas e apesar de não ser permitido o acesso a não muçulmanos só a vista da entrada vale a pena. A Moulay Idriss foi a que mais nos impressionou.

Apesar do tempo não ter ajudado, achamos que valeu a pena ter ido com o guia e conseguimos sentir que valeu o passeio!

Estávamos contando os minutos para ver os belos cenários holandeses.

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