O nascer do sol também revela muitas cores lindas no céu.
Ainda paramos para dormir em Comodoro Rivadavia, Puerto San Julian e Rio Gallegos. Teríamos que acessar as condições do tempo e decidir se investiríamos até a cidade mais austral do mundo. São 600km ao sul. Ou se iríamos para El Calafate e começaríamos a subir…
Chegamos no final do dia em Rio Gallegos e fomos até o centro de informações. Lá a Lidia, muito gentil, nos ajudou muito. Ela nos informou sobre as situações das estradas, horários das fronteiras, da balsa, preços, a obrigatoriedade das correntes para os pneus em algumas ocasiões etc.
Uma dica boa é: buscar os centros de informação. Principalmente em cidades maiores para dar uma orientada geral sobre o lugar.
Rio Gallegos e o pioneirismo arquitetônico…
Para quem gosta de arquitetura, em Rio Gallegos existe um circuito autoguiado que mostra o pioneirismo da arquitetura da região. Esse circuito exalta a história dessa pequena cidade que foi fundada em 1885 com a necessidade de povoar e desenvolver a região Sul da Argentina.
O governo arrendava terras para os estrangeiros que viessem para cá. Entre eles estavam ingleses, espanhóis, belgas, italianos e croatas. A arquitetura foi se adaptando ao modelo europeu, ainda mais por conta do clima semelhante.
Quando Santa Cruz virou uma península, houve uma forte migração interna trazendo arquitetos e novos materiais. Com isso, muitas construções antigas foram destruídas e substituídas por outras mais resistentes ao fogo. Para valorizar essa passagem, foi criado o programa “Rescate 1900” para ajudar na divulgação e reconhecimento público dessas obras.
Apesar de ser uma cidade pequena, Rio Gallegos tem todos os serviços: museus, mercados, hospitais, comércio e restaurantes. Inclusive aproveitamos para provar o cordeiro patagônico no Bartolo, esse prato é típico da região e é possível encontra-lo tão facilmente quanto a famosa parrillada.
Foram dias e mais dias dirigindo por longas estradas na Patagônia.
Chegamos em Rio Gallegos no final do dia, corremos para retratar o pôr do sol na cidade.
Nossa meta principal: chegar ao Ushuaia
O plano era o seguinte: dirigir até a fronteira chilena e entrar no Chile, pegar a balsa que cruza o estreito de Magalhães, dirigir no ripio, fazer a saída pelo Chile, entrar na Argentina de novo e chegar em Rio Grande. De Rio Grande, ainda são mais 200 km passando pelo famoso e perigoso Paso Garibaldi.
Já sabíamos que faríamos esses 600 km em dois trechos: primeiro até Rio Grande e depois até Ushuaia. Ficamos dois dias por aqui, onde fizemos mercado, lavamos nossas roupas, trocamos óleo e filtros do Coyote, enchemos o tanque e compramos as correntes. Esse trabalhado não foi tão fácil, fomos em cinco lojas e só encontramos no Hiper que é uma espécie de casa de bricolagem, tipo Leroy Merlin, o modelo que queríamos custava 825 pesos (algo como 100 usd).
Nesse dia a noite pela primeira vez na viagem o Coyote não pegou, o Leo foi direto no plug da bomba de combustível e ufa, foi só um susto! Uma apertadinha e ligou na hora.
Uma notícia maravilhosa…
Hoje tivemos uma notícia ótima! Enquanto trocavam o óleo do carro, o Leo resolveu pegar o computador que não estava funcionando desde o Uruguai. Já estava a mais de quinze dias sem ligar e tinha passado por duas assistências que não deram nenhuma chance de vida pra ele.
E eis que a boa notícia é: Ele simplesmente ligou, nem acreditamos! Ficamos muito felizes, o computador estava fazendo muita falta. Não sabemos se vai continuar funcionando, mas já foi um bom começo!
Com tudo pronto, olhamos mais uma vez a previsão do tempo antes de dormir e descansamos. Precisávamos estar bem dispostos para enfrentar o dia de amanhã. Acordamos às oito horas da manhã ainda completamente escuro e caímos na estrada, agora é torcer para dar tudo certo…
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